Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2019

MAIO de 2013

Imagem
Na década de 1930, Adolf Hitler, o führer da Alemanha Nazi, afirmava que o cancro que minava a Alemanha eram os judeus, para os quais preconizou uma coisa chamada Solução Final, que se concretizou enviando para as câmaras de gás seis milhões de judeus, e inaugurando assim o genocídio em moldes industriais. Entretanto, quase cem anos decorridos, em Portugal do século XXI, aquelas sementes voltaram a germinar, na forma de um militante da JSD, de nome Carlos Peixoto, que declarou, com pompa e convicção, referindo-se aos idosos em geral, e aos reformados e pensionistas em particular, que o grande problema de Portugal era a epidemia da "peste grisalha". Apenas omitiu que o seu mentor, Pedro Passos Coelho, na prática já não necessita de recorrer às dispendiosas instalações de extermínio usadas pelo monstro alemão, para levar a cabo o "seu" Holocausto; basta cortar nas pensões e outros meios de subsistência, e a tal "peste grisalha" extinguir-se-á, natural

A Carreira 28

Imagem
Isto não é ficção; aconteceu mesmo! Pela primeira vez na vida, aconteceu-me uma coisa inacreditável. Eu conto como as coisas se passaram. No dia 2 de Março de 2007, necessitei de deslocar-me da Portela de Sacavém para a Avenida Infante Santo, a mais uma consulta no Hospital da Cuf, e como sou adepto das “boas práticas” e avesso a usar transporte particular dentro de Lisboa, em dia de semana e em horários de trabalho, decidi recorrer, tal como o tenho feito das outras vezes, ao transporte público, e utilizar a carreira 28 da Carris, que faz o percurso entre a Portela e o Restelo. Eram 12h e 45m quando o enorme veículo articulado chegou, o motorista abriu a porta, comprei o meu título de transporte, e quando me preparava para ir escolher um lugar sentado, naquele veículo gigantesco, que apenas transportava meia dúzia de idosos, ouvi a voz do condutor, um rapaz com pouco mais de 20 anos, que ainda não tinha arrancado da paragem, fazer a seguinte pergunta: - O senhor desculpe, ma

Os Pires

Imagem
Há quem diga que o calor do fogão e os odores das cozinhas são propícios à criação de um ambiente de permanente excitação, com inusitados efeitos inebriantes sobre quem lá trabalha. A dona Susana Pires, de bochechas coradas e luzidias, seios fartos e braços roliços, que o diga, enquanto limpa as mãos sapudas ao avental. Diz ela que trabalhar na cozinha daquele restaurante, entre especiarias, rolos de carne e empadões, o acto de manipular os alimentos e confeccionar os petiscos, é a coisa mais excitante que existe ao cimo da terra, mil vezes melhor que ver um filme pornográfico. O marido, o senhor Sidónio Pires, que também lá trabalha, portador de um corpulento físico de lutador de Sumo, é da mesma opinião. Manipular febras, preparar os miúdos para a canja, enrolar pastéis de bacalhau e fatiar toucinho-do-céu, ao mesmo tempo que contempla com volúpia o vaivém das coxas rotundas da dona Susana, a oscilarem de lá para cá, como pudim de gelatina, são coisas que o deixam sempre em prol