Abominável Mundo Novo (1)
Nos tempos que correm não é difícil ser profeta nem fazer futurologia, pois os sinais de mudança multiplicam-se a um ritmo elevado, e as portas vão-se entreabrindo. A inteligência artificial (I.A.) começa a invadir o nosso quotidiano, umas vezes como brinquedos e curiosidades tecnológicas, outras como aparelhos utilitários, outras já como verdadeiros substitutos do ser humano, realizando tarefas que têm tanto de complexas como de fastidiosas, com a grande vantagem de serem auto-suficientes, manterem-se activos 24 horas sobre 24 horas, não precisarem de férias, pausas para tomar café ou ir à "casinha", não cometerem erros por distracção, negligência ou ignorância, não serem exigentes nem reivindicativos, não precisarem de salário e serem facilmente substituíveis. A sua única necessidade é a energia para se manterem activos, sendo que a manutenção e actualização das suas funções e competências, numa fase mais avançada, ficará entregue a um processo auto-regenerativo. A