O Graal
O Graal não é um objecto, embora haja quem continue a acreditar que é o recipiente de onde é suposto Jesus ter bebido na última ceia, tenha recebido o sangue da sua crucificação, e que seja uma fonte milagrosa para quem o possuir. Há 2.000 anos que é procurado. ocupando o vértice - a par da Arca da Aliança -, das relíquias mais desejadas. Museus e colecções particulares anseiam pela sua descoberta. Mas o Graal não é um objecto. Nem um oráculo. Não é um objecto perdido algures, de que se procura o paradeiro, mas sim um destino longínquo que se pretende demandar, mas para o qual não há mapas nem rotas já traçadas. Projecção da imaginação, o Graal é um caminho. Caminho interior entre os muitos caminhos da nossa existência, que convergem, divergem e se bifurcam. O Graal é uma ideia, entrecruzada, em tudo semelhante a um labirinto. Tanto pode sentir-se e ter volume, ou tornar-se volátil como uma nuvem. É um tutor em que nos apoiamos para escolhermos rumos e tomar decisões. Cada um d